Logo que
acordo, sinto uma necessidade enorme de ti.
Vou ao teu
encontro, te agarro com voracidade e te encho de frescor.
Trago você até
minha boca, te esfrego feito louca e num passe de mágica me sinto renovada.
Então você faz
sentir a brisa mentolada que desperta
confiança para sorrir por aí.
Humildemente
você me serve, eterna escrava da minha vontade, da minha necessidade.
E sem dizer uma
única palavra, e sem rosto, és a minha melhor companhia no raiar do dia.
Ao final da
nossa relação, te jorro água quase benta, a lavar tua servidão, a purificar-te.
Finalmente tu
repousas calada lado a lado a outra escrava, esperando a hora passar para
novamente lhe usar.
Minha querida e
amada escova de dente, se falasse o que diria?
- Que tenho sorte! Porque se eu fosse o papel
higiênico, preferiria a morte!

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