O castelo que me abriga
É minha prisão eterna
Tenho tudo
Mas nada me pertence
Não carreguei tijolo algum
Cheguei e estava tudo pronto
Para acolher minha vida miserável
Adornei cada canto
Sem saber que estaria me cercando de punição
Maldito lustre pomposo
Maldito móvel lustroso
Não posso me esconder
Há espelhos por toda parte
Refletindo a vaidade que tanto repugnei
Mas se Deus me permitir
Vou me redimir
E a minha vitória
Virá por estas mãos
Cercadas de palavras
E através delas
Vou distribuir castelos
Só para provar para o mundo
Que não há pobreza maior
Do que ter tudo
E não ver nada ao redor.

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