Conheci um tal de
Régio, seu legado me tocou
Não pelas cruzes
daquele prédio
Mas do seu eu que
me restou
Palavras fortes,
coragem materializada
Tinta, papel, Deus,
céu e coração
A dualidade que
tanto esboçava
Era nada mais,
questionamentos de um homem são.
Chame-o de louco,
se quiser ser como todos!
Vá por aqui, siga
por ali, são passos de quem o destino não pertence
Pois existir é diferente
de viver, e verdade é para quem se atreve pertencer
A bíblia seu
refúgio, ou seu maior temor?
Sangria alienada ou
prova de amor?
Indagar é proibido,
é caminho para o abismo
Liberdade não
existe, o que existe é egoísmo
Açoitado pela
culpa, perdão de Deus precisas ter?
Coleciona Sua
história para lembrar de arrepender?
Sua fé seleta,
brinca com a razão
Ora credes, ora
não.
Da tua "insanidade" eu compartilho
Imagino tua busca
Falta resposta,
segue o martírio...
Ou é a resposta que
nos assusta?
Há uma verdade e
nela mergulhei
Amai-vos uns aos
outros, essa é a grande lei
Espero o amor para
aprender a amar?
Ou amo simplesmente
esperando não errar?
Descanse em paz Zé
Régio, sua missão foi cumprida
Não há cântico
negro, há poesia garrida
Ouça o poema do silêncio,
sua voz no alto som
És um simplício,
revelado no seu puro dom.

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