Eu quero dizer
Então me calo
Eu tento ser forte
Então me abalo
Eu sigo em frente
E logo eu volto
Estou sorridente
Depois revolto
Renuncio a vontade
E aí devoro
Vou sem medo
E lá me apavoro
Compro um sapato
Mas vou de chinelo
No meio do mato
Desejo um castelo
Se faço academia
O brigadeiro me vislumbra
Se durmo à luz do dia
Acordo na penumbra
Se sou adulta
Eu viro criança
E quando desisto
Encontro a esperança
Se quero ser rica
Me vejo pobre
E todo plebeu
Para mim é nobre
O humano tem disso
De se contradizer
Quem nunca fez isso
Não sabe o que é viver!
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