Certo dia, passeando pelo parque, um homem idoso a avistou sentada em um banco de madeira com semblante triste e resolveu falar com ela:
- Bom dia!
- Bom dia. - Respondeu a menina
- Não pude deixar de reparar que você olhava tristonha para aquelas árvores. Algo a aborrece?
- Bem... Na verdade tem algo me incomodando. É que eu tenho um grupo de amigos no Whattsap e ninguém responde minhas mensagens. Penso que não gostam de mim.
- Não creio que não gostam de você. A vida é corrida e normalmente as pessoas ignoram tudo que têm em abundância. Veja essas árvores. Tão lindas, algumas nos presenteiam com frutos, outras tão frondosas nos convidam a descansar em suas sombras. Quase nunca param para contemplá-las mas mesmo assim, Deus continua a germiná-las por toda parte. E sabe o que penso?
Não importa se respondem ou não as suas mensagens, importa o que você sente ao compartilhá-las. Importa a verdade dos teus sentimentos.
- Nunca parei para pensar dessa forma, mas acho que o senhor tem razão. Eu preciso aprender a não esperar as coisas dos outros!
O idoso então, percebendo a mágoa no coração da jovem, levantou-se dali sem dizer palavra alguma e foi caminhando pelo parque. A menina um tanto intrigada pela atitude súbita daquele homem decidiu segui-lo. Ela notava em seus passos um certo ritmo pausado, pacífico, como os de alguém que desconhece a pressa. Ela foi diminuindo o ritmo dos próprios passos e buscava imitar o idoso em suas contemplações. Ela o viu parar em frente à uma Sibipiruna e olhar para um ninho de pássaros. Lisa fez o mesmo e percebeu a mamãe pássaro encará-la com fervor. Ela movia a pequena cabeça de um lado para o outro e notou que a Sabiá fazia o mesmo, numa espécie de comunicação. Num dado momento, Lisa estendeu a sua mão e a Sabiá pousou ali. Ela cantou brevemente e voltou ao ninho. A menina ficou encantada!
Ela continuou a caminhada na tentativa de alcançar o idoso, quando uma criancinha de aproximadamente 3 aninhos, numa corrida desengonçada abraçou suas pernas, a encarou e disse o mais encantador e demorado "oi" que ouvira até então. Lisa respondeu o "oi" da garotinha acariciando levemente sua cabeça, num ato de ternura. A mãe da garotinha a chamou e as duas se despediram sorridentes. Mais à frente havia um quiosque para descanso e ao se aproximar de lá, um rapaz cumprimentou Lisa com um "bom dia" e entregou-lhe um panfleto contendo mensagens de paz. Ela continuou a andar enquanto lia o panfleto. Então a menina percebeu uma mulher cabisbaixa e decidiu cumprimentá-la com um "bom dia" entregando-lhe o panfleto.
Lisa seguiu na tentativa de encontrar novamente o idoso, e no caminho, várias pessoas a cumprimentavam com "bom dia". A menina já havia dado várias voltas no parque e o Sol já estava se pondo. Sem mais esperanças de encontrar o idoso, Lisa decidiu ir para casa.
Quando chegou até a portaria de saída, a mulher que recebera aquele panfleto de suas mãos a abordou e disse:
- Com licença. Você me deu um panfleto há algumas horas e eu preciso lhe dizer uma coisa. Eu estava sentada, lamentando a minha solidão e o fato de não ter me casado até agora. Foi quando você me apareceu desejando um bom dia e entregando este panfleto. Acontece que naquele exato momento, eu havia feito uma pergunta para Deus: O que o Senhor tem planejado para mim?
E a resposta veio com o título deste panfleto: a paz. Muito obrigada! Posso lhe dar um abraço?
- É claro!
E as duas se abraçaram fraternalmente.
Lisa já nem se lembrava mais de suas mágoas. Ela seguiu feliz e confiante quando o idoso subitamente tocou-lhe os ombros dizendo:
- Todo dia é um bom dia para quem tem pureza e amor.
Lisa olhou para trás e não viu ninguém. Quando voltou-se para frente, ela despertou de seu sono. Tudo não passava de um sonho. Ela pegou o celular que estava em sua mesinha de cabeceira e viu sua mensagem de "bom dia" estática e sem nenhuma resposta. Então um leve cheiro de mirra a fez abrir um breve sorriso, olhar para o alto e dizer:
- Bom dia!

- Não creio que não gostam de você. A vida é corrida e normalmente as pessoas ignoram tudo que têm em abundância. Veja essas árvores. Tão lindas, algumas nos presenteiam com frutos, outras tão frondosas nos convidam a descansar em suas sombras. Quase nunca param para contemplá-las mas mesmo assim, Deus continua a germiná-las por toda parte. E sabe o que penso?
Não importa se respondem ou não as suas mensagens, importa o que você sente ao compartilhá-las. Importa a verdade dos teus sentimentos.
- Nunca parei para pensar dessa forma, mas acho que o senhor tem razão. Eu preciso aprender a não esperar as coisas dos outros!
O idoso então, percebendo a mágoa no coração da jovem, levantou-se dali sem dizer palavra alguma e foi caminhando pelo parque. A menina um tanto intrigada pela atitude súbita daquele homem decidiu segui-lo. Ela notava em seus passos um certo ritmo pausado, pacífico, como os de alguém que desconhece a pressa. Ela foi diminuindo o ritmo dos próprios passos e buscava imitar o idoso em suas contemplações. Ela o viu parar em frente à uma Sibipiruna e olhar para um ninho de pássaros. Lisa fez o mesmo e percebeu a mamãe pássaro encará-la com fervor. Ela movia a pequena cabeça de um lado para o outro e notou que a Sabiá fazia o mesmo, numa espécie de comunicação. Num dado momento, Lisa estendeu a sua mão e a Sabiá pousou ali. Ela cantou brevemente e voltou ao ninho. A menina ficou encantada!
Ela continuou a caminhada na tentativa de alcançar o idoso, quando uma criancinha de aproximadamente 3 aninhos, numa corrida desengonçada abraçou suas pernas, a encarou e disse o mais encantador e demorado "oi" que ouvira até então. Lisa respondeu o "oi" da garotinha acariciando levemente sua cabeça, num ato de ternura. A mãe da garotinha a chamou e as duas se despediram sorridentes. Mais à frente havia um quiosque para descanso e ao se aproximar de lá, um rapaz cumprimentou Lisa com um "bom dia" e entregou-lhe um panfleto contendo mensagens de paz. Ela continuou a andar enquanto lia o panfleto. Então a menina percebeu uma mulher cabisbaixa e decidiu cumprimentá-la com um "bom dia" entregando-lhe o panfleto.
Lisa seguiu na tentativa de encontrar novamente o idoso, e no caminho, várias pessoas a cumprimentavam com "bom dia". A menina já havia dado várias voltas no parque e o Sol já estava se pondo. Sem mais esperanças de encontrar o idoso, Lisa decidiu ir para casa.
Quando chegou até a portaria de saída, a mulher que recebera aquele panfleto de suas mãos a abordou e disse:
- Com licença. Você me deu um panfleto há algumas horas e eu preciso lhe dizer uma coisa. Eu estava sentada, lamentando a minha solidão e o fato de não ter me casado até agora. Foi quando você me apareceu desejando um bom dia e entregando este panfleto. Acontece que naquele exato momento, eu havia feito uma pergunta para Deus: O que o Senhor tem planejado para mim?
E a resposta veio com o título deste panfleto: a paz. Muito obrigada! Posso lhe dar um abraço?
- É claro!
E as duas se abraçaram fraternalmente.
Lisa já nem se lembrava mais de suas mágoas. Ela seguiu feliz e confiante quando o idoso subitamente tocou-lhe os ombros dizendo:
- Todo dia é um bom dia para quem tem pureza e amor.
Lisa olhou para trás e não viu ninguém. Quando voltou-se para frente, ela despertou de seu sono. Tudo não passava de um sonho. Ela pegou o celular que estava em sua mesinha de cabeceira e viu sua mensagem de "bom dia" estática e sem nenhuma resposta. Então um leve cheiro de mirra a fez abrir um breve sorriso, olhar para o alto e dizer:
- Bom dia!

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