Quando cai o véu, os olhos vislumbram o amor latente
Quando cai o véu, a ignorância fica desnuda, envergonhada
Quando cai o véu, a inimizade é arrebatada
Quando cai o véu, o orgulho e a soberba encolhem
Quando cai o véu, o perdão nasce
Quando cai o véu, a falha deixa de ser do outro
Quando cai o véu, tudo é visto pelo seu real tamanho
Não nos enganemos nas turvas camadas de ilusões que nos cercam. Homens santos foram decapitados, crucificados por aqueles que se diziam portadores da sabedoria divina. Foram humilhados por viverem na verdade. Foram considerados subversivos, hereges, rebeldes, desobedientes, exclusivistas... Então o véu caiu. Os exaltados foram humilhados, não por outros, mas pior, por si mesmos. Tiveram de pular o abismo de sua própria arrogância. Então queridos amigos de jornada, deixemos cair os véus. Sejamos humildes e cautelosos em nossos juízos para não sermos nossos algozes. Não nos esqueçamos da lição dos lírios:
Olhem os lírios do campo, que não trabalham nem tecem! E contudo nem Salomão em toda a sua glória se vestiu tão bem como eles.