Diálogo: paciência
O Mestre dirigiu -se à assembléia para discorrer sobre a paciência e perguntou aos aprendizes:
Para vocês, o que é a paciência?
O primeiro aprendiz disse então:
- Paciência é deixar que as coisas aconteçam no seu próprio tempo.
Outro aprendiz se levantou e disse:
- Paciência é dominar os instintos primitivos
Outro ainda ressaltou:
- Paciência é um estado de consciência superior
Muito bem! - Pontuou o Mestre. Agora que vocês já sabem o conceito de paciência, gostaria de saber como ela é praticada?
Um aprendiz então se pronuncia:
- meditando?
O Mestre então rebate:
- Hum... Talvez... Poderia nos mostrar?
O aprendiz então, acende uma vela, um incenso, coloca uma música suave no ambiente, senta-se sobre as pernas em posição ereta e fecha os olhos. Enquanto todos fazem o mesmo, o Mestre se levanta e sai da sala sem perturbar a meditação. Ele então retorna com uma sacola grande nas mãos e tocando suavemente nos ombros de alguns aprendizes, convida-os a seguir-lhe os passos.
De dentro da sacola, o Mestre retira um pequeno tambor, um sino e uma corneta e entrega cada item aos aprendizes escolhidos. Fazendo um sinal com a mão, o Mestre então pede que cada um toque seu instrumento.
O aprendiz que demonstrava a meditação deu um grande salto de susto. Todos ficaram olhando com estranheza e espanto ao ocorrido. Pedindo que os instrumentistas parassem de tocar, o Mestre diz:
- Paciência não é um estado a ser trabalhado em ambiente calmo e pacífico. O grande desafio da paciência é exercê-la enquanto o tumulto acontece. Recolher-se em meditação é válido, mas se queres saber se a meditação teve efeito transformador em sua vida, perceba se a sua postura permanece inalterada diante das adversidades.
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