Nascente
Espelho cristalino e puro
Trazes o céu ao chão
Afundas meus olhos nessa paz
E cravas na alma minha
O manso correr das águas
Pacientemente tu moldas as pedras
Retiras brandamente pontiagudas formas
Doas a tua essência que é vida
E a simples pedra se transforma em
Pedra de rio
As árvores deitadas no teu semblante
Moldam um cálice divino
E dele meu espírito bebe
Todo esplendor e beleza
Levas, na suave correnteza
Tudo o que desejo esquecer
E renovada no teu seio
Me inclino para enxergar
A nascente de uma face mais serena.
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